Você já ouviu falar sobre o Glaucoma? Caracterizado como uma doença oftalmológica, o Glaucoma atinge cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença causa a perda gradual da visão e se desenvolve de maneira lenta, sem apresentar grandes sintomas.
Nas próximas linhas você poderá saber mais sobre a doença, seus fatores de risco e como a prevenção pode ser feita. Vamos lá?
O que é o Glaucoma?
O Glaucoma se consiste em uma degradação do nervo óptico. O mesmo normalmente está associado ao aumento da pressão intraocular. O nervo óptico tem uma responsabilidade muito importante: passar as informações que enxergamos e transmiti-las ao cérebro. Quando as fibras nervosas são afetadas pelo Glaucoma, elas começam a morrer gradualmente. Isso pode acabar ocasionando na perda total da visão.
Como citamos anteriormente, essa degradação geralmente ocorre pelo aumento da pressão intraocular A sua principal causa, sobretudo, acontece por alterações no fluxo de produção e escoamento do humor aquoso (líquido no qual preenche nossos olhos).
Tipos de Glaucoma
Existem dois tipos diferentes de Glaucoma: o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto e o Glaucoma Primário de Ângulo Fechado.
O primeiro, também conhecido como Glaucoma simples crônico, é o tipo mais comum da doença. Este acomete os dois olhos ao mesmo tempo e costuma aparecer na fase adulta. Ele é assintomático e, por ser gradual, sua percepção ocorre apenas quando o nervo óptico já está bastante lesionado.
A perda de visão desse primeiro tipo começa nos extremos do campo visual. Um efeito parecido de telescópio tende a aparecer sobre a visão e pode se estender por todo o campo visual causando a perda de visão completa.
Normalmente, o Glaucoma simples crônico atinge pessoas com miopia elevada, acima de 65 anos, raça negra e com córnea fina.
O segundo tipo de Glaucoma acontece de forma repentina e geralmente atua de maneira aguda. Por exemplo, você pode estar olhando para a tela do computador e perceber um brilho intenso acompanhado de uma dor muito forte.
É recomendado que, quando esses sintomas surgem, um oftalmologista seja procurado imediatamente, pois significa que a pressão ocular está extremamente alta. Quando a medicação correta não é aplicada a pessoa pode ficar cega dentro de poucas horas. Apesar de ser menos comum do que o anterior, este tipo é o mais perigoso.
Ainda existe o Glaucoma Congênito, também conhecido como Glaucoma Infantil, que se instala logo após o nascimento ou quando a criança já nasce com alterações provocadas por hipertensão intraocular ocorrida na gestação. As manifestações já começam a acontecer no primeiro ano de vida e tem como característica o globo ocular aumentado acompanhado de alterações na transparência da córnea.
Sintomas e prevenção do Glaucoma
Existem diversos fatores de risco para o Glaucoma no qual se deve ser atenção, tais como:
- Histórico familiar;
- Diagnosticados com miopia ou hipermetropia;
- Traumas oculares;
- Pessoas que costumam usar frequentemente colírios à base de corticoide;
- Pessoas que praticam atividades que podem aumentar a pressão ocular.
Além desses pontos é importante lembrar que a doença tem incidência maior em pessoas acima de 40 anos.
O Glaucoma, em grande parte dos casos, é assintomático. O fato dificulta que as pessoas percebam a doença fazendo com que se demore para ter o diagnóstico. Porém, com o passar do tempo, as pessoas começam a sentir dificuldades na leitura e em atividades diárias.
Uma informação importante a se ter em mente é que o Glaucoma não tem cura, porém pode ser controlado e tratado, sobretudo, se for diagnosticado logo no início. Por isso, é importante se ter frequência nas consultas oftalmológicas, para que sua saúde ocular esteja sempre em dia.
Como é o tratamento da doença?
O tratamento do Glaucoma é feito à base de colírios, porém pode ser necessário o uso de medicação oral para que a pressão intraocular possa ser mantida saudável. Para que a função do colírio possa ser exercida é importante se atentar a maneira correta de uso. Por isso, separamos um passo a passo simples:
- Lave bem as mãos;
- Puxe suavemente a pálpebra inferior, formando uma bolsa;
- Instile uma gota de colírio na bolsa formada;
- Evite tocar na ponta do frasco, seja com as mãos, nos cílios ou na pálpebra;
- Feche os olhos suavemente e, com eles fechados, oclua o canal lacrimal por cerca de 1 minuto;
- Só instile uma segunda gota se estiver certo de ter errado a instilação da primeira;
- Se utilizar mais do que um colírio e coincidir o horário de aplicação, aguarde, no mínimo, 10 minutos entre eles
Vale lembrar que, com os avanços da tecnologia, outros tratamentos estão sendo colocados a disposição, como a cirurgia ou o raio de laser.
É importante se ter em mente que o uso de qualquer medicamento ou colírio deve ser previamente prescrito por um profissional especializado. Automedicação pode afetar a saúde dos olhos e causar outros problemas.
Enfim, apesar de não ter cura, o controle e tratamento do Glaucoma podem ser feitos para a não evolução da doença. Consultas e exames de rotina são fundamentais para a sua saúde ocular. Por isso, não abra mão das visitas ao oftalmologista.
Precisa de suporte ou quer agendar uma consulta oftalmológica? Clique aqui e entre em contato conosco!