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Cirurgia de Retina e Vítreo

DESCOLAMENTO DE RETINA

Quando a retina se descola da parede do globo ocular, sua capacidade de captar a luz fica prejudicada e a visão perde a nitidez. Em casos de descolamento total, a retina deixa de transmitir imagens ao cérebro e a visão desaparece. A doença ocorre com maior frequência após os 40 anos e as pessoas que apresentam maior possibilidade de desenvolvê-la são as que possuem história de descolamento de retina na família, ou que tenham alta miopia ou glaucoma, ou ainda as que se submeteram à cirurgia de catarata. Traumas oculares ou acidentes que resultem em ferimento; pancada ou batida forte no olho, na face ou na cabeça, podem também provocar o descolamento de retina. A doença pode ser causada ainda por tumores, inflamações graves ou complicações do diabetes. Nessas situações, geralmente, não ocorrem rupturas retinianas e o tratamento da moléstia causadora do descolamento faz com que a retina volte à sua posição normal.

SINTOMAS DAS RUPTURAS E DO DESCOLAMENTO DA RETINA

As rupturas de retina podem ocorrer sem que a pessoa, de início, perceba seus sintomas. Em outros casos, o paciente poderá perceber clarões ou pontos negros móveis no campo visual, conhecidos como “moscas volantes”. No entanto, esses sintomas não significam necessariamente a ocorrência de ruptura na retina, podendo decorrer, por exemplo, da formação de pequenas “condensações” da gelatina do olho (gel vítreo).

DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE (DMRI)

Nos países ocidentais a DMRI é a maior causa de cegueira funcional, depois dos 65 anos. É uma doença em que a mácula (região mais sensível da retina) é muito prejudicada. A mácula é responsável pela visão central, ou seja, da visão de detalhes e de leitura.

Fatores de Risco

O maior fator de risco para essa doença é a idade avançada, seguido de outros como, olhos de cor clara, exposição crônica aos raios solares (radiação ultravioleta), fatores genéticos e hábitos de vida (carência de vitaminas, tabagismo, etc).

Sintomas

Há três tipos de DMRI: a forma seca, que é a mais comum, com queda progressivamente lenta da visão central; a forma úmida, quando um tecido anormal cresce abaixo da retina, causando distorções na visão e queda rápida da visão central, e a forma mista, que se caracteriza pela associação de sintomas das formas anteriores.

Tratamento

A maioria dos descolamentos de retina pode ser tratada com as modernas técnicas cirúrgicas destinadas a pressionar a parede do globo ocular contra as rupturas, mantendo os tecidos juntos até que ocorra a cicatrização da região. A técnica escolhida pelo cirurgião dependerá das características do caso e do dano ocorrido. Em casos iniciais de DMRI, recomenda-se o uso de polivitamínicos orais específicos e a adaptação de óculos específicos ou de lupas para otimizar a visão central residual. Nos casos de DMRI úmida, podem ser indicadas as injeções de drogas intraoculares ou a fotocoagulação com laser para conter o avanço rápido e estabilizar a visão útil.

RETINOPATIA DIABÉTICA

Embora as causas da retinopatia diabética não sejam completamente conhecidas, sabe-se que a doença é uma complicação do diabetes – decorrente da deterioração dos vasos sanguíneos que alimentam a retina – e pode comprometer a visão, principalmente em pacientes não controlados e em pacientes com diabetes com longa data de diagnóstico. Esses novos vasos têm paredes mais frágeis e são mais propensos ao rompimento, podendo originar grandes hemorragias, causadoras da perda da transparência do vítreo – a substância gelatinosa que preenche o globo ocular – e o bloqueio parcial da visão.

Diagnóstico

O oftalmologista irá dilatar a pupila com gotas de colírio e usará um oftalmoscópio para examinar o fundo do olho. Se notar indícios de retinopatia diabética, o especialista poderá realizar uma angiofluoresceinografia retiniana, exame no qual é injetado um contraste em uma das veias do braço do paciente. Esse contraste chega rapidamente aos olhos, possibilitando a identificação dos vasos sanguíneos anormais na retina e a realização de fotografias que ajudarão a programar o tratamento.

Tratamento

No geral, na fase inicial da doença, há somente a necessidade de consultas oftalmológicas regulares e do concomitante controle da glicemia, do colesterol e da pressão arterial. Havendo risco de redução ou perda da visão, o oftalmologista iniciará o tratamento para evitar danos adicionais e, quando possível, melhorar a visão. Se, por exemplo, o vazamento de soro e sangue afetar a mácula, é indicado um tratamento com laser argônio (fotocoagulação) para selar e fortalecer os vasos que se romperam, associado ou não a injeções de drogas intraoculares específicas. O laser também é utilizado no tratamento da retinopatia diabética avançada para reduzir o crescimento de vasos sanguíneos anormais. Entretanto, se nessa fase da doença ocorrer uma hemorragia significativa ou descolamento de retina, o oftalmologista poderá recomendar a realização de uma cirurgia de Vitrectomia Posterior.

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