1. O que é o daltonismo?
O daltonismo é um distúrbio da percepção visual caracterizado pelo não funcionamento dos cones oculares (células fotoreceptoras da retina), responsáveis por diferenciar todas ou algumas cores. Sua origem está, principalmente, relacionada à hereditariedade e sua incidência é, em média, vinte vezes mais comum em homens do que em mulheres.
2. Como o distúrbio se desenvolve?
Ele pode ocorrer de duas maneiras que são classificadas como congênito ou adquirido. O primeiro tipo acontece quando o paciente nasce com a disfunção na retina. Este é mais frequente em homens e caracteriza-se pela dificuldade de enxergar as cores verde ou vermelha.
O segundo, adquirido, surge a partir de causas secundárias, como lesões no nervo ótico, na retina ou no córtex cerebral – região do cérebro responsável pelo reconhecimento de imagens. Esse caso de daltonismo pode se desenvolver em igual frequência em homens e mulheres, sendo que os pacientes têm dificuldades de enxergar as variantes da cor azul e também apresentam diminuição da qualidade de visão.
6. Como acontece o diagnóstico do problema?
Existem dois métodos para identificar o daltonismo. Um deles é aplicado para identificar o defeito congênito e, o outro, para o adquirido. Para diagnosticar o quadro de daltonismo congênito, a técnica japonesa chamada de Método de Ishihara é a mais utilizada. Este procedimento consiste na exibição de uma série de 32 cartões coloridos, cada um contendo vários círculos de cores ligeiramente diferentes. Alguns círculos são agrupados no centro do cartão, com um número de cores que somente será visível para pessoas de visão normal. O número de acertos pode variar conforme o grau e o tipo de daltonismo.
Para diagnosticar o daltonismo adquirido, a técnica mais utilizada é o Farnsworth. O teste é composto de quatro bandejas plásticas contendo cem cápsulas em tons diferentes. O observador tem 15 minutos para posicionar as cores em ordem lógica, levando em consideração as cápsulas fixas nas extremidades da bandeja. A escolha inicial deverá ser a cor mais próxima da cápsula principal, e, em seguida, a cor mais próxima da recém-escolhida e assim sucessivamente até completar a ordenação de todas as cápsulas. Se o paciente confundir a ordem ou a posição das cores, o daltonismo é diagnosticado.
7. O tratamento não é capaz de solucionar o distúrbio?
Como ele funciona? O distúrbio não tem cura. Mas, quando o daltonismo é adquirido ele pode apresentar uma evolução no quadro. O tratamento depende da causa do problema. O distúrbio só estabiliza quando a causa do defeito visual é sanada, ou seja, quando a lesão no nervo ótico, retina ou no córtex cerebral é tratada. Em razão disso, o tratamento é baseado no problema de cada pessoa.
8. Porque a incidência é maior nos homens?
O daltonismo, na sua forma congênita, está relacionado à hereditariedade e ligado ao gene do cromossomo X. Para que a doença se manifeste na mulher, ambos os genes X precisam ser portadores da doença. No caso dos homens (XY), apenas um.
9. Podemos nos precaver contra o daltonismo?
No caso da forma congênita da doença, não há prevenção. Na forma adquirida, há prevenção para algumas doenças que são fatores de risco para o daltonismo, como o glaucoma , por exemplo. Os exames periódicos ajudam no diagnóstico precoce de tais doenças e permitem uma prevenção mais efetiva.